O Complexo Ver-o-Peso, maior feira livre da América Latina, é um dos pontos turísticos e locais mais visitados em Belém, Pará. Desde 1625 esse mercado, as margens do Rio Guamá, faz parte da região portuária revitalizada da capital paraense.
Sua história deu nome ao local, visto que o Ver-o-Peso começou em Belém como entreposto fiscal. Um local aonde os portugueses estabeleciam o controle da alfândega na Amazônica, criando assim tributos nos quais eram necessáriom passar pela Casa do Haver o Peso. Lá um funcionário media, através de uma balança, as transações comerciais para conferir o peso das mercadorias, além de cobrar os devidos impostos.
Depois de “ver tanto o peso”, o Complexo do Ver-o-Peso surgiu como um mercado de peixe fresco, praça de alimentação, feira, artesanato e tudo de fresco e bom que se pode encontrar em Belém.
Frutas, peixes e tudo que há de bom
O mercado é famoso principalmente pela variedade de peixes, camarões e caranguejos frescos que são comprados pela maioria dos grandes restaurantes de Belém.
Ao passear por ele, o cheiro nem sempre é agradável, mas para as compras tudo é tão mais bonito e fresco que vale a pena passar pelo menos umas 2 horas explorando o mercado.
É possível até comprar galinhas, ainda vivas que ficam expostas em uma das áreas do Ver-o-Peso.
As frutas da região estão por toda parte e com uma aparência jamais encontrada em supermercados comuns. Variedade de cores, tipos, tamanhos com preços convidativos.
Há ainda os produtos clássicos paraenses como: açaí, maniva (folha da mandioca para fazer maniçoba), tucupi, pimentas de cheiro e muito mais…
Você também ficará impressionado com a variedade de castanhas-do-pará que custam entre R$25 e $45 o quilo.
Gastronomia
Uma boa pedida é almoçar em uma das mais de 20 barracas do complexo. As barracas servem itens parecidos entre si e você poderá encontrar coxinha de carne de caranguejo, açaí com peixe frito ou camarão, maniçoba, tacacá, filhote e pirarucu acompanhando com iguarias típicas e uma grande variedade de sucos das frutas da região.
Artesanato
Tudo vendido no artesanato é da cultura paraense e da amazônia. Lá é possível encontrar produtos feitos de miriti (uma árvore da região que tem uma aparência de madeira mais é leve como uma pluma).
Há itens de cerâmica marajoara e tapajoara para levar como lembrança de Belém, bijuterias feitas com sementes de plantas locais, árvores e outros itens da natureza que vão enfeitar ainda mais a sua casa.
Vale comprar um amuleto Muiraquitã, em formato de uma rã ou sapo. O simbolo faz parte de uma lenda indígena que diz que as índias icamiabas, depois de mergulharem em um lago a meia noite, traziam um barro verde que ao manuseá-lo dava forma a vários animais.
Ao formar rãs, os amuletos eram dados para o Guaceris (tribo a região amazônica) para que service como amuleto em seus pescoços, oferecendo boa sorte. Dizem que quem ganhar um amuleto do Muiraquitã será feliz para sempre.
Crenças as erveiras
Oitenta barracas do Complexo Ver-o-Peso são das erveiras que passam de geração para geração com uma cultura baseada em crenças e lendas da amazônia.
Lá o viajante pode comprar potes de perfume com líquidos coloridos com significados diversos: “Talismã da Emprego”, “Amansa Corno”, “Amansa Sogra”, “Perfume de Carrapatinho”, “Cala a boca”, “Cheiro do Pará”, “Segura Marido”, entre tantos outros.
Os homens podem apostar até em comprar e beber um viagra natural…Tem até chifres de búfalo que garantem que ao rapaz ou moça que tendo ele como amuleto, os chifres passarão longe…
Todo ano, para o Réveillon é vendido banhos para boa sorte e conquistar fortuna que elas garantem que dá resultado.
A chegada do Açaí pelo Rio Guamá
A madrugada no Complexo do Ver-o-Peso também é animada. É possível ver os barco chegando com todos os peixes, camarões e frutas frescas das ilhas próximas a Belém.
A chegada do açaí pode ser vista a qualquer momento…
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As opiniões aqui citadas são da Editora que esteve no Pará por 10 dias para um trabalho incrível em comemoração aos 400 anos de Belém com o site Diário do Turismo. Você pode acessar a Revista Digital do Diário aqui.
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