Onde comer em Gonçalves (Minas Gerais)?
Depois de muito tempo sem ter o prazer de sentar em um restaurante e apenas apreciar uma boa gastronomia sem pressa, tivemos a oportunidade de conhecer o Restaurante Sauá, na bucólica cidade de Gonçalves, no sul de Minas Gerais.
Para nós, que gostamos de agregar uma boa alimentação na viagem, achamos que esse local em meio à Serra da Mantiqueira deve ser parada obrigatória para quem visita ou está de passagem por Gonçalves. O Restaurante Sauá faz parte do empreendimento familiar do chef Vitor Pompeu que assina o menu da casa. Ele fica junto à Pousada Bicho do Mato, tendo iniciado as atividades em 2002, mas que não tivemos a oportunidade de ficarmos hospedados.
O grande diferencial do menu de Pompeu é a junção da culinária latino-americana com a culinária regional caipira da Serra da Mantiqueira e toda a região que engloba a pequena Gonçalves. Ao olhar o cardápio com calma é interessante ir à fundo na história de alguns ingredientes e quais os locais eles são produzidos.
Como é a casa?
O restaurante fica em uma área rural de Gonçalves a mais ou menos 25 minutos do centro da cidade e o acesso é via estrada de terra. Fomos nós dois e ainda levamos o Vangelis (nosso gatinho persa), visto que o restaurante aceita pets na área externa, sob consulta.
A área interna dispõe de vidros amplos com vista panorâmica para a Serra da Mantiqueira, lareira para os dias frios, fogão a lenha e um ambiente extremamente acolhedor. Também tem uma cozinha integrada ao salão, onde é possível observar o movimento do chef e equipe no preparo dos pratos.
Como ficamos na área externa, com uma mesinha tipo de piquenique aconchegante, foi um delícia almoçar e curtir a mudança de temperatura da Serra. Fora que deu para apreciar alguns passarinhos comendo um mamão que estava disponível próximo da pousada, tivemos a visita de alguns cães que habitam a propriedade e ficam de longe nos observando.
…o cardápio intenso, interessante e muito acessível
Entre as opções do cardápios há entradas, saladas, pratos principais bem peculiares no estilo do Chef Vitor Pompeu e alguns pratos regionais e mais clássicos. Os valores são super acessíveis e justos pela quantidade servida. Você vai encontrar uma variação de R$30 a R$70, lembrando que todos os pratos foram pensados na diversidade local.
De entrada o chef nos sugeriu experimentar uma das mais pedidas. “O Mió de Minas” – tábua de queijos Artesanais da Mantiqueira servidos com barbecue de goiabada, pesto, chutney de tomates e pães artesanais.
Uma entrada deliciosa e com uma harmonização de sabores surpreendente. Queijos com maciez e delicadeza se sobrepõem a queijos de longa maturação, todos de produtores regionais. Tem inclusive um queijo que é produzido artesanalmente no bairro do restaurante com a opção fresca e empanado na farinha de milho. O barbecue de goiabada, pesto de manjericão, chutney de tomates são toques de leveza e frescor nas combinação. E amamos ainda o azeite Fio de Ouro que acompanhou toda a entrada que é de uma produção da pequena cidade de Maria da Fé, Minas Gerais.
Para beber tem uma carta de vinhos, carta de drinks somente com insumos regionais com destaques para Cachaças de Passa Quatro, Aiuruoca e São Francisco Xavier e também as cervejas artesanais sazonais que são bem recomendadas.
Como aprecio cervejas mais encorpadas, experimentei a Pale Ale Citrus com toque de maracujá e laranja da fazenda Santa Terezinha. A Zalaz é uma microcervejaria que produz receitas dentro dessa fazenda em Paraisópolis (MG) e são todas sazonais e sempre com a safra dos produtos cultivados na época. Uma Pale Ale saborosa e bastante encorpada que casou bem com nossos pedidos.
Como estamos no nono mês de gestação, a Ana Elisa provou uma releitura do drink Gonça Bramble, só que sem álcool. Normalmente o drink vai gin, licor, amor e, melado de cana. O que provamos tinha água com gás, limão cravo, groselha de São Bento do Sapucaí e estava decorado com amora e lavanda colhidos ali mesmo na pousada. Bebida bastante refrescante e saborosa.
De prato principal fomos em duas pedidas recomendados pelo chef Vitor: Medalhão de Filé Mignon ao Molho Café com Melado, acompanha virado de banana com queijo, abóbora assada e pipoquinha de arroz do Vale e a Costelinha de porco ao barbecue de goiabada com purê de mandioquinha e crocante de couve.
Ambos os pratos são muito bem servidos e com a adição de itens muito regionais e locais de pequenas fazendas e produtores das proximidades. É muito interessante entender a história por trás de algum item. Por exemplo, o virado de banana com queijo é um item que não conhecíamos, mas aprendemos que é muito comum ser consumido por famílias nessa região do Sul de Minas e Vale do Paraíba. Soubemos que algumas inclusive consomem esse virado no café da manhã ou da tarde. Então, o chef trouxe essa cultura para dentro de um prato um pouco mais sofisticado com outros insumos como molho de café com melado e a pipoquinha de arroz do Vale feito com arroz negro.
Os pratos muito bem harmonizados e fazendo diversas boas combinações entre os sabores. A costelinha de porco foi uma das melhores da vida da Ana Elisa e o crocante de couve deu um sabor todo especial no contexto.
De sobremesa o destaque foi para um pedido totalmente autoral e jamais visto: Laranja caramelizada com farofinha crocante, sorvete artesanal e azeite Casa Mantiva. Nunca imaginamos que seria interessante colocar azeite no sorvete misturado com o caldo da laranja. Pense em uma sobremesa incrível para comer ajoelhado e rezando. Uau que experiência! Já queremos voltar para apreciar mais deste cardápio.
…e a Pousada Bicho do Mato?
Visitamos a instalação da pousada que conta com oito chalés ideais para casais e família. O chalé tem lareira e alguns deles têm vista para a Serra da Mantiqueira. A pousada, além de contar com o apoio e uso do Restaurante Sauá para o café da manhã, também tem uma piscina climatizada no subsolo, sauna seca e o ôfuro (fechados durante a pandemia), sala de convivência com lareira e um espaço que serve de brinquedoteca e até tem uns livros para leitura. Muito aconchegante. Quem sabe em uma próxima ficamos hospedados em Gonçalves.
Como chegar em Gonçalves?
Saindo de São Paulo: pegamos a rodovia Ayrton Senna|Carvalho Pinto (SP-070) até entrar na Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) que sobe a Serra sentido Campos do Jordão. Quem opta pela Dutra (BR-116) evita dois pedágios, mas tem que entrar na saída sentido Campos do Jordão. Siga as placas e entre dentro da cidade de Santo Antônio do Pinhal, passando por Sapucaí Mirim, São Bento do Sapucaí e depois Gonçalves. A estrada que vai até o Restaurante Sauá é linda!
Para chegar em Gonçalves de ônibus a partir de São Paulo é preciso parar em Paraisópolis para trocar de ônibus (e de empresa). A linha São Paulo-Paraisópolis é operada a partir da rodoviária do Tietê (metrô linha 1 – Azul) pela Pássaro Marrom.
Quando ir?
Como a maior parte dos destinos de serra, Gonçalves tem sua alta temporada no outono/inverno de maio a agosto. Com o clima sem chuvas, ele contribui para as atrações rurais e a visita a locais mais afastados. De janeiro a março chove bastante na região, mas no restantes do ano, as diárias ficam mais baratas e as temperaturas amenas.
Serviço
Endereço: Estrada Sertão do Cantagalo, km 7,5 -Bairro Sertão do Cantagalo – Gonçalves |MG.
Reservas: (35) 9 9976-9970 (whatsapp)
Horário de Funcionamento: Reservas de quinta a domingo – demais dias sob consulta. Almoço das 12h00 as 16h00 e Jantar das 19h00 as 22h00
Forma de pagamento: dinheiro, cartões de débito e crédito
Conexão Wifi Gratuita, Aceita reservas e apenas o restaurante é Pet Friendly
O almoço e experiência gastronômica no Restaurante Sauá foi uma cortesia para o blog e portal Viagens e Rotas. Só indicamos o que aprovamos!
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