Janeiro, verão, sol, praia, sombra e água fresca, certo? Errado. Pelo menos não em países como Canadá, EUA e todo o hemisfério norte. Nada de calor por lá. A temporada é de muito frio, neve (em grande parte dos países), vento gelado, dias curtos, casacos pesados e cidades vazias, certo? Errado novamente. Ninguém fica com medo do frio, não, nem mesmo os brasileiros, acostumados com o clima tropical do Brasil. É justamente nesta época do ano, quando é período de férias por aqui, que milhares de brasileiros entram num avião, munidos de muita roupa de frio, para estudar um outro idioma no exterior.
Países como Canadá, EUA e Inglaterra, que costumam ter invernos rigorosos na maior parte de suas regiões, são os que mais recebem brasileiros nesta época. E as cidades escolhidas são, normalmente, as que mais fazem frio, já que neve é algo diferente para os brasileiro.
Mas calma, ninguém quer congelar os dedos, claro. Costumo dizer que nesses lugares, o frio está da porta pra fora, uma vez que esses países são muito bem preparados para o inverno, com aquecimento em todos os ambientes e estabelecimentos. Estudar inglês, francês, alemão ou qualquer outro idioma de países do hemisfério norte acaba sendo uma diversão. Por quê? Vai dizer que descer uma montanha cheia de neve esquiando ou construir um boneco de neve não é uma diversão, diferente de tudo que estamos acostumados?
Muitos pacotes de intercâmbio nesta época do ano já incluem, além das aulas de idioma, claro, passeios típicos de inverno, tais como visita a resorts de esqui, aulas de esqui e snowboarding, patinação no gelo, programação para assistir a esportes de inverno, como hóquei e curling (esporte relativamente para os brasileiros e ainda desconhecido para alguns), entre tantos outros. Tudo para garantir que o aluno tenha uma experiência de inverno completa. Esse é, aliás, o grande diferencial de se estudar fora nesses meses de frio intenso naquelas bandas de lá.
Mas vale a pena lembrar de umas dicas para aproveitar melhor a temporada gelada:
– Os dias são mais curtos, portanto, lembre-se de fazer o máximo possível ao ar livre antes das 16h, 17h, horário que costuma escurecer.
– Você não precisa desfilar com vários casacos diferentes e que nem sempre protegem do frio, basta ter um casaco pesado, acolchoado por dentro e que seja à prova d’água por fora. Por quê? Neve derrete e vira água, claro. Você não quer ficar encharcado, né? Ah, dê preferência aos casacos com capuz. Vai por mim, eles serão muito úteis.
– Você não precisa de muitas camadas de roupa se estiver usando um bom casaco de inverno, desses que descrevi acima. Camisetas e calças “termais”, usadas bem coladas ao corpo e embaixo das roupas “normais” para aquecê-lo, são peças fundamentais.
– Use botas com sola de borracha e, de preferência, acolchoadas também. Depois que a neve derrete, ela fica bem escorregadia, e andar nas ruas pode se tornar um desafio. Portanto, procure não pisar onde houver muito acúmulo de gelo derretido para evitar quedas.
– Se for esquiar ou praticar snowboard, faça, primeiro, algumas aulas com instrutores que estão pra lá de acostumados com isso. Muitos pacotes de esqui ou snowboard já incluem uma ou duas horinhas de orientação com instrutores.
– Tome bebidas quentes para aquecer o corpo ao longo do dia. Vai dizer que um chocolate quente não é muito bem-vindo? Café e chá também têm o seu lugar. E se você for maior de idade, por que não um conhaque ou um vinho tinto?!
– Tire quantas fotos puder, afinal, em terras tupiniquins vai ser difícil fazer um boneco de neve, né?
– Aproveite, aproveite e aproveite!
Mês que vem estou de volta, com mais curiosidades, informações interessantes e dicas de viagens de intercâmbio. Até a próxima coluna, ou o próximo destino.
Ana Paula Perovano é jornalista e sócia-proprietária da 4you Educational Consultancy, uma consultoria em intercâmbios especializada em Canadá, que também trabalha com cursos para os EUA e Inglaterra.
Quer falar com ela? É só mandar e-mail para aperovano@4youeducational.com.
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