Uma cidade tão perto do Brasil! De São Paulo, são apenas 2h30 de voo; do Rio de Janeiro, são 3h, e de Porto Alegre, 1h30. Montevidéu, a capital do Uruguai, é o tipo de cidade que encanta por sua cordialidade, beleza e opções de lazer.
Muitas coisas podem ser atribuídas ao Uruguai, como o doce de leite e o azeite, que ocupam o posto de um dos melhores do mundo, queijos da cidade de Colônia, vinhos e carne bovina de alta qualidade, disponíveis em todos os restaurantes de Montevidéu.
Se tivéssemos que definir três motivos para visitar a capital uruguaia, eles seriam: fácil acesso, por ser perto do Brasil, gastronomia esplêndida, em razão da farta variedade gastronômica, e sem dúvida, a hospitalidade de um povo que está sempre disposto a agradar os turistas.
As principais atrações turísticas, a vida noturna e gastronômica ficam espalhadas nos bairros de Punta Carretas, Pocitos, Buceo e também na Ciudad Vieja.
Assim que chegar à cidade, opte por alugar um carro com GPS, que sai a cerca de 80 dólares por dia. Dessa forma, é possível se deslocar com facilidade entre as atrações e explorar as vinícolas que ficam a cerca de 60km da cidade e é necessário pegar rodovias e estradas de terra.
Banhada pela junção do Oceano Atlântico com o Rio da Prata, o rio-mar possibilita que o turista curta algumas praias da cidade, como a Pocitos, que no verão, sempre está lotada de locais e turistas com atividades musicais e até mesmo esportivas. A praia fica no bairro de mesmo nome e conta com uma ampla variedade de bares e restaurantes.
A praia Ramírez também é uma boa opção para curtir o verão na bela cidade. Na praia é celebrada no dia 02 de fevereiro a festa de Iemanjá, e a estátua da deusa está exposta na praia para quem quiser fazer seus pedidos e oferendas.
Passeando pela Ciudad Vieja
O centro antigo de Montevidéu é o local mais charmoso da cidade. É lá que fica a maioria dos turistas que visitam a cidade para apreciar a arquitetura, visitar o Mercado Del Puerto com uma gastronomia ímpar e, claro, fazer compras pelas diversas lojinhas.
No inverno, no calçadão do centro antigo, é legal visitar as lojas que vendem casacos de couro e sobretudos a preços convidativos para os turistas.
O ideal é visitar a Ciudad Vieja durante a semana ou sábado de manhã, pois, nesses períodos, certamente todas as lojas estarão abertas.
Não deixe de almoçar no Mercado Del Puerto e experimentar o verdadeiro churrasco uruguaio. A parrilla é famosa e os visitantes podem assistir às carnes sendo assados em grelhas à sua frente.
No período da manhã ou às 16hs, é possível fazer uma visita guiada no Teatro Solís, um símbolo arquitetônico da cidade. Para quem gosta de museus, o ideal é visitar o Museo Torres García e o Museo del Carnaval, que também estão na Ciudad Vieja.
Não deixe de passear pela Plaza Constitución, onde fica a Catedral Metropolitana de Montevidéu. Próximo à praça, há o Museo Histórico Nacional e o Museo de Arte Precolombino e Indigena (MAPI).
Antigamente, havia uma muralha dividindo o centro de Montevidéu e a Ciudad Vieja. Hoje o que resta é apenas um pedaço que mais parece uma porta chamada Puerta de la Ciudadela. No centro da Plaza Independência, fica o Mausoleo General Jose Artigas, um monumento que guarda as cinzas do militar, que foi um herói nacional. Nos arredores da praça está o Palácio Salvo, um dos edifícios mais antigos do país.
Para quem optar por apreciar uma vista panorâmica da cidade, o ideal é visitar a Prefeitura, que fica na Avenida 18 de julho, a principal rua de comércio popular.
Percorrendo as vinícolas…
O consumo de vinhos faz parte da cultura uruguaia. É muito comum em um restaurante, não importa se no almoço ou jantar, uma família local optando pela escolha do vinho. Raramente é vista outra bebida alcoólica na mesa, o que torna essa paixão por vinhos bem interessante.
A uva tannat, de origem francesa, tornou-se um patrimônio nacional e é a queridinha dos vinhos uruguaios.
O governo local realiza pesquisas com a uva com a intenção de melhorar ainda mais a qualidade da sua produção, para que o Uruguai possa ser reconhecido assim como Chile e a Argentina na produção de vinhos.
Ideal para o terroir local, Tannat cria vinhos de distinção com grande corpo e estrutura e com cor intensa e aromática. É possível também misturar Tannat com Cabernet e Merlot.
O ideal é traçar um roteiro de quais vinícolas deseja visitar, marcar as degustações com antecedência e optar pelo carro como meio de transporte. Vale lembrar que não são todas as vinícolas que aceitam visitas. As que aceitam possibilitam até o pagamento em real, já que milhares de brasileiros que visitam o país optam por conhecer as Bodegas Uruguaias.
Próximo a Montevidéu fica a região de Canelones, onde se concentra boa parte das vinícolas do país. O ideal é pegar o roteiro dos vinhos dados gratuitamente no posto de turismo no Aeroporto Internacional de Carrasco. Normalmente, as bodegas funcionam em horário comercial de segunda a sábado, mas algumas ainda abrem aos domingos.
Há duas vinícolas de vinhos finos e atraentes próximas à capital que são interessantes para fazer a visita. Uma esbanja tradição, por ser uma pequena vinícola familiar, e a outra é pioneira do vinho feito com a uva Sauvignon Gris e é de propriedade de um brasileiro.
Ambas permitem que o visitante prove um pouco dos vinhos de alta qualidade do Uruguai. Infelizmente, não é possível encontrar os rótulos facilmente no território brasileiro.
Uma delas é vinícola Pizzorno, fundada 1910, que já está na sua 3ª geração. Passada de pai para filho, a propriedade mantém o charme de pequeno empreendimento com uma ampla variedade e qualidade. O próprio dono e o enólogo recebem os visitantes para o tour pelos vinhedos, processo de produção e degustação.
As uvas de Pizzorno vieram importadas da França e a vinícola produz 50% de vinhos de garrafão e 50% de vinhos finos. São produzidos cerca de trinta mil quilos de uvas no território do vinhedo, e a vinícola possui vinte mil hectares.
Quanto aos vinhos finos, na Pizzorno, são produzidos 1 de vinho branco, 1 rosé, 8 vinhos tintos e 3 espumantes. Preço da visita com degustação com tábua de frios, biscoitos e doces: US$15 por pessoa.
É possível provar um vinho branco, um espumante e um tinto, todos acompanhados com os quitutes e, claro, uma ampla explicação do que são feitos e qual aroma podemos encontrar em cada rótulo.
Os visitantes podem comprar as garrafas na própria vinícola, a partir de 124 pesos uruguaios, que equivalem a R$14,58 (Conversão com Real a 8,5).
A outra vinícola é a Filgueira, que começou no século 19 com a chegada de Don Manuel Filgueira, natural da Galícia, às terras de Santa Lucia. A data oficial é de 1920 e a vinícola teve por filosofia lograr vinhos com o maior respeito ao meio ambiente, fato que lhe rendeu o primeiro certificado de qualidade ISO em toda América do Sul. Antigamente, contava com quarenta e seis hectares.
A especialidade da vinícola são os vinhos da uva Sauvignon Gris, uma mutação natural da Sauvignon Blanc. A bodega Filgueira é a pioneira da América Latina a produzir vinhos brancos com essa uva.
Em 2011, a bodega foi vendida para a família brasileira, Necchini, residente de Belo Horizonte, capital mineira. Agora com trinta hectares e com plantas novas desde 1999, a Filgueira só produz vinhos finos e ao todo são 5 linhas: Fuga (considerada a mais econômica), Clássica, Proprium, Reserva e Premium. As plantações contêm 44% de Tannat e 60% da produção total é de uva Tannat. Ao todo, são produzidos cento e oitenta mil litros de vinho por ano.
A visitação é feita com a enóloga Melissa Barrera, que não só conta o processo de produção dos vinhos, como também a história e explica os equipamentos usados para a produção dos rótulos. A visita dura em média 2 horas e é possível tirar todas as dúvidas sobre a bebida. Preço da visita com degustação e tábua de frios e empanadas: 400 pesos uruguaios por pessoa, o que equivalem a R$40 (Conversão com Real a 8,5). Há também a possibilidade de fazer degustação com almoço, no qual são servidos assados, carnes e saladas variadas.
Os visitantes podem comprar as garrafas na própria vinícola, a partir de 200 pesos uruguaios, que equivalem a R$20. (Conversão com Real a 8,5)
Algumas vinícolas da região que também podem ser visitas: Juanicó, Bouza, Bodegas Carrau. Santa Rosa, H. Stagnari, autointitulada bodega de tannat, a mais premiada do mundo, e a Antigua Bodega Stagnari.
Importante: Para trazer os vinhos para o Brasil, é permitido 6 garrafas por passageiro. O ideal é colocá-las em caixas embrulhadas com papel bolha, tanto a caixa quanto cada garrafa. Depois, despachar na bagagem como objeto frágil.
Curtindo a noite…
Parada obrigatória para quem visita a cidade, o Baar Fun Fun é um dos botecos mais antigos, com 115 anos de existência. Próximo à Cidade Velha e atrás do Teatro Solís, é um local super turístico e que tem o melhor da cultura uruguaia com atrações musicais imperdíveis.
É necessário fazer reserva para pegar uma mesa próxima ao palco, que pode ser feita pelo telefone (598-2-915-8005) ou enviando um e-mail, que se encontra no site. O ideal é chegar até 21hs para garantir sua mesa. O bar é pequeno, então, quanto mais perto do palco, melhor. É decorado com fotos antigas, camisas de times de futebol e recortes de jornal.
Aproveite para dar uma olhada, ver fotos do famoso cantor de tango, Carlos Gardel, que cantou no bar, além de outras celebridades.
A uvita é o drink da casa à base de vermute. É um tipo de vinho doce famoso no Fun Fun. Vale experimentar pela experiência. A dose custa 50 pesos uruguaios. Além disso, os preços dos petiscos também são bem acessíveis, variando a partir de 100 pesos uruguaios.
A grande atração da casa é o show de tango, com um cantor acompanhado por seu parceiro com o violão. Começa por volta das 22hs. No pequeno palco, há um casal de dançarinos de tango que agitam a noite entre os intervalos do show. Vale a pena, uma vez que o Tango não é apenas argentino, mas uruguaio também.
Serviços
Moeda- Peso Uruguaio
Dica: A maior parte das lojas locais aceita Real
Idioma – Espanhol
Fuso – O mesmo do Brasil
Voltagem- 220 V
Visto- Os brasileiros não precisam de visto e nem de passaporte. É necessário apenas o RG.
Melhor época- Para quem gosta de praia, a melhor época é no verão.
Para quem gosta de vinhos, o ideal é ir entre fevereiro e março, na época da colheita das uvas e produção dos vinhos.
Para quem gosta de inverno e curtir o frio e a boa gastronomia, o ideal é ir entre junho e agosto.
Dormir – Temático – My Suítes. O Hotel fica localizado no bairro Pocitos, próximo à Punta Carretas, o centro novo da cidade. Com quarenta suítes amplas e confortáveis distribuídas em dez andares, cada quarto conta com kitchenette, frigobar, televisão LCD, mesa com livre acesso a internet, cortinas motorizadas, microondas, louça, cofre de segurança digital, camas King Size e Double Double, ferro e tábua de passar. Todos os quartos disponibilizam 3 vinhos da vinícola tema de cada andar para que o hóspede conheça um pouco do Uruguai. Diárias a partir de US$172.
Onde comer- Restaurante My Suíte: além do hotel, o restaurante também é muito apreciado. Aberto para não hóspedes, serve gastronomia diferenciada em pratos individuais com várias opções de entrada e pratos como massas, carnes, peixes ou até mesmo sopas. O cliente pode ainda apreciar e degustar bons vinhos uruguaios. É um restaurante com preços razoáveis e ótimo custo benefício.
Mercado Del Puerto – Há vários tipos de restaurantes e lá o cliente pode observar a parrilla sendo feita na hora. Os preços são mais ou menos os mesmos e o destaque vão para as carnes e frutos do mar. O que varia no preço é o couvert: normalmente, são cobrados 25 pesos uruguaios por pessoa no balcão ou 50 na mesa convencional.
Vinícolas que visitamos- Pizzorno – Preço da visita com degustação com tábua de frios, biscoitos e doces: US$15 por pessoa.
Bodega Filgueira – Preço da visita com degustação e tábua de frios e empanadas: 400 pesos uruguaios por pessoa, cerca de R$40 (Conversão com Real a 8,5).
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Revisão de Texto – Fabíola Peleias
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