Sempre fui apaixonada pelo velho continente. História sempre foi a matéria que eu mais gostava na escola e os filmes que tinham cidades como Roma, Paris ou Londres como cenário são os meus preferidos. Então, sempre me imaginava morando ou conhecendo esses lugares. Além disso, estudei e dei aulas de inglês por um bom tempo, o que fazia a vontade de por em prática em terras estrangeiras o que eu aprendi só aumentar.
Acontece que a ideia de morar na Europa por muito tempo pareceu meio distante, tanto por pensar que é muito caro se manter quanto ao fato de não conhecer tantas opções de intercâmbio.
Eu não estava interessada em pacotes de um mês para estudar inglês e no tempo livre passear um pouco. Queria conhecer o maior número de lugares possíveis, com muito mais tempo e viver como os europeus vivem. A minha prioridade maior, não era estudar e sim fazer turismo pelos países.
Para completar, quando estava procurando agências, as coisas não iam tão bem no emprego, tinha acabado uma faculdade que não deu muito certo e estava bem desanimadinha com a rotina. Com isso descobri que ser Au Pair era a oportunidade ideal! Estava tão decidida que a ideia de passar um ano fora, longe da família e exercendo uma atividade de grande responsabilidade não me assustou tanto.
Eu sempre gostei muito de crianças, mas não tinha contato com muitas. Então, eu comecei a dar aulas para turmas de crianças também e fiz um estágio no orfanato da minha cidade. Foram experiências muito prazerosas, assim como as que eu tive com minhas 3 kids holandesas. Mesmo assim, é claro, rolou uma insegurança. Eu tive um match com uma família tão legal que achava que não merecia. Cheguei até a me preparar psicologicamente para um rematch e nem havia chegado lá ainda.
O momento mais difícil, para mim foi o primeiro mês. Eu ainda não conhecia muitas pessoas e a família eu também não conhecia direito, então sentia saudades do Brasil. Além disso, a kid mais nova sentia muita falta da antiga Au Pair e demorou para me deixar ser amiguinha dela. São nesses momentos que vemos como é importante aquelas conversas no skype antes do match para a gente saber escolher uma família que realmente te acolha, e faça você ser parte da família, como aconteceu comigo. Não é exagero dizer que eles são minha família holandesa. Não vejo a hora de vê-los de novo, seja lá ou aqui.
Muita gente me perguntava o por quê de eu ter escolhido a Holanda. Resposta fácil! Dos países europeus, a Holanda é um dos únicos que aceitam Au Pairs que falam inglês, mesmo o holandês sendo a língua oficial. A localização geográfica facilita bastante as viagens e claro, é um país lindo para se visitar. Outra vantagem é que o povo é bem receptivo. Não da para comparar com brasileiros, mas pelo menos em relação a muitos países da Europa, são bem simpáticos.
A experiência não podia ter sido melhor, não só por tudo o que eu vivi, mas também por tudo o que eu descobri que posso ser, fazer e conquistar. Foram 12 países visitados, uma família loira que nunca vou esquecer, muitos amigos de diferentes culturas, muitas histórias para contar, mais um tanto de aprendizado na bagagem e uma vontade enorme de voltar.
Lisa Zielk Calil é de Poá, São Paulo, e foi Au Pair em Roosendaal, na Holanda, de agosto de 2012 a agosto de 2013.
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