Fazer um intercâmbio cultural é um sonho para muitas pessoas. Estudar línguas, realizar um curso diferenciado ou, até mesmo, trabalhar em um país estrangeiro são desejos que muitos brasileiros almejam ter oportunidade.

Para quem tem um orçamento curto e não tem condições de viajar para apenas estudar, existe o programa Au Pair que recebe jovens em países da América do Norte e Europa que vale como um ótimo custo benefício.

O que é Au Pair?

A expressão, em francês significa “a par” ou “igual” e tem sua origem na ideia de paridade econômica entre serviços trocados. Originalmente significava um trabalho fornecido em troca de alojamento e comida, com ou sem remuneração.

Atualmente o conceito de Au Pair é ter um trabalho assalariado no qual o trabalhador pode se alojar e se alimentar na residência e, em troca, realiza tarefas domésticas, tais como o cuidado de crianças. Au Pair é também um programa de intercâmbio com duração média de 12 a 24 meses. Os jovens que escolhem o programa, em sua maioria, fazer cursos de línguas e cuidam as crianças.

Au Pair / Crédito: Banco de imagens

Como participar do programa?

Existem diversas agências que realizam esse tipo de programa em vários países como Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Áustria, França, Irlanda, entre outros.

Os requisitos para participação variam conforme a agência, mas em sua maioria é necessário que o participante tenha entre 18 e 26 anos, ser solteiro, sem filhos, gostar muito e crianças, estar cursando ou ser formada em um curso superior ou até mesmo ter recentemente concluído o ensino médio. É fundamental ter carteira de motorista e não ter antecedentes criminais. E o mais importante ter inglês intermediário e um passaporte válido.

Nos países da Europa, como a França, por exemplo, o francês intermediário também é necessário.

Você acha que tem perfil para ser Au Pair?

Como todas as escolhas que fazemos na vida, se propor a cuidar de crianças, cozinhar para elas, inventar brincadeiras, buscá-las na escola, viajar com os pais para cuidar delas, não é algo fácil.

Antes de decidir pelo programa foque nos seus objetivos, analise se tem o perfil adequado para o desafio e, quando escolhê-lo, vá sem expectativas, mas seja confiante.

Para ser Au Pair é necessário ter três características fundamentais: Ser pró ativo, ter paciência — o que engloba a tolerância — e ser amável.

Já sou Au Pair! O que posso fazer para me adaptar a família?

1- Use sempre o bom senso! Ser pró-ativo e oferecer ajudar sem pedirem para você é uma ótima forma de conquistar sua família.

2- Utilize o computador e o celular fora do horário de trabalho. E tome cuidado se for utilizar o telefone da casa.

3- Cuide bem do carro da família quando tiver dirigindo.

4- Seja organizado! Principalmente com o seu quarto.

5- Aceite as diferenças culturais e tente de se adaptar a elas.

6- Faça amizade com outras Au Pairs para poderem trocar experiências.

Depoimentos de diferentes Au Pairs brasileiras! Leia algumas experiências que poderão ajudá-lo na escolha!
Lisa Zielk – Au Pair na Holanda
Ive Muffo – Au Pair nos Estados Unidos
Léia Ferreira – Au Pair nos Estados Unidos
Edna Grandchamps – Au Pair nos Estados Unidos
Tamara Luersen – Au Pair na Alemanha

Dica de leitura

Para os amantes de crônicas divertidas, vale a leitura do livro Viajar Sem Dinheiro e Gafes Internacionais da brasileira Nara Vidal.

O livro reúne diversos contos com várias situações engraçadas, curiosas e dramáticas da vida de diversas babás brasileiras que estão em vários países da Europa. Gafes, amores, emoções e desafios são passados nos contos de forma narrativa, divertida e empolgante. O livro é da editora All Print e tem um preço sugerido de R$22.

Leia abaixo o início de um dos contos:

“Boas maneiras a inglesa

Ingleses são polidos e educados. Isso não dá pra negar. Têm um jeitinho meigo de falar, um sorriso doce que arrancam confissões e torturam. Não é à toa que venceram tantas guerras ao longo de tantos séculos e formaram um dos maiores impérios do mundo!

Bom, já no império dos Forrester, Marcela era súdita e subordinada. Escrava, ela fazia tudo o que era “sugerido”, pois ninguém pedia a ela nada, e sim sugeria.

– Bom dia, Marcela, você dormiu bem? A cama estava confortável? Não acordou com os latidos do Shakespeare? Olha estou de saída, talvez você queira levar a Iris e Lucas à casa de Patrick pela manhã. Aqui está o dinheiro do metrô. Boa sorte!

Marcela cumpriu o “sugerido” e passou a manhã na casa do atentado Patrick que tinha uma au pair búlgara que não conversava e quando conversava Marcela não entendia uma palavra (…)”

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